Global 2033 é o nome que se dá a uma visão. Trata-se de uma ferramenta de cooperação para evangelização dos povos. Busca uma unidade de ação entre diversos serviços cristãos espalhados pelo mundo. Viveremos uma década de iniciativas evangelizadoras na Igreja Católica baseadas em três pilares: querigma, discipulado e missão. Essas iniciativas vão nos preparar para o ano de 2033, quando lembraremos os dois mil anos da morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. No Brasil, esse trabalho acontece através dos meios de comunicação, e de ações concretas em diversas comunidades e entidades católicas.
Esta visão é fruto da comunhão já existente entre líderes e instituições que, estando em Roma, no ano de 2019, receberam esta inspiração, acolhida e custodiada pelo Dicastério de Promoção da Nova Evangelização na pessoa de seu estreito colaborador, Henry Cappello.
A cooperação entre as entidades não constitui um conselho ou uma assembleia de “membros associados”. Em cada continente, escolheu-se realidades eclesiais que pudessem oferecer algo de sua estrutura e serviços para cooperar com as ações práticas decorrentes da Global 2033 em cada região do mundo. Não há, portanto, uma “nova entidade”, um “novo escritório” e um “novo espaço”. Toda e qualquer ação é realizada através da oferta das realidades eclesiais em cooperação e comunhão com a visão.
Padre Eduardo Dougherty, SJ, foi convidado por Henry Cappello e aceitou o desafio de, através da Servir Brasil (Organização Religiosa regida pelo acordo entre Governo da República Federativa do Brasil e a Santa Sé, relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, firmado na Cidade do Vaticano em 13 de novembro de 2008, promulgado pelo Decreto 7.107/2010), oferecer de sua estrutura e serviços para cooperar com as ações práticas decorrentes da Global 2033 na América Latina.
Nossa Missão é gerar cooperação e comunhão entre as instituições cristãs para que surjam comunidades relacionais, ministeriais e missionárias que, em preparação para os 2000 anos da celebração da Páscoa da Nova Aliança, possam oferecer missionários comprometidos com a pregação explícita do Evangelho.
A tradição bimilenar, que remonta a Igreja de Atos, descreve o missionário como um “edificador de comunidades cristãs” e a missão, portanto, como o ato de “plantar” uma comunidade (onde não há) ou de edificar, fomentar a vida de uma comunidade por meio de uma ação continuada e discipuladora.
Acreditamos que o conteúdo e a forma de transmissão e vivência da fé preconizadas no Rito de Iniciação Cristã de Adultos (promulgado por Paulo VI em 1972) é particularmente favorecido quando a Comunidade é concebida como “Comunidade de comunidades”, facilitando, portanto, a existência de “pequenos grupos”, “comunidades”, “células”, “cenáculos” (os nomes variam) que recebem o anúncio e o testemunho querigmático (pré-catecumenato), que avançam no conhecimento da fé (catecumenato) por meio de reuniões celebrativas e fraternas, no pequeno grupo; que celebram a Liturgia – sobretudo a Eucarística – com toda a Comunidade já não mais como “a única celebração existente na Comunidade”, mas como o cume daquilo que celebram nos pequenos grupos e na própria vida; que vivem a dimensão missionária levando verdade e caridade tanto no interno da comunidade quanto na sociedade.
Como expressão da natureza da Igreja, a ação missionária é de anúncio (κέρυγμα /μαρτυρία) e de serviço ao próximo (διακονία), guiando as pessoas aos divinos mistérios (sacramentos) na dimensão cúltica (λειτουργία).